pela trilha afora a
trôpega tropa
em lenta cavalgada
desenha no ar
nuvens de poeira
no serpenteio
monótono
do transporte do
café em coco.
do alpendre da casa
avistam-se os
morros desordenados
que correm junto ao
valão
e sustentam a
estrada
que vai do nada ao
quase nada.
e a tropa na trilha
se aproxima da casa
da fazenda e o
grito do homem
orienta a chegada:
“vem, canário!
arre, godero!”
– burros com nomes
de pássaros –
“volta, soberbo!, tchu,
tchu, melindroso!”
–
parecem eles homens presunçosos.
e o pobre tropeiro
de pele lustrosa
escancara a
porteira para a entrada da tropa
e descansa seu
corpo sob a sombra da tulha
e termina
alquebrado a viagem penosa.
Desenho de Jean-Baptiste Debret, 1822 (em revistadehistoria.com.br). |
Nenhum comentário:
Postar um comentário