Pediu
a palavra durante a festa de formatura do Grupo Escola Marcílio Dias, na
progressista vila de Carabuçu, e falou:
-
Caros concidadãos! Sob os augúrios desta efusiva efeméride, não me seria
possível furtar ao inefável prazer, senão à elevada honra, de dirigir-me a esta
ínclita e seleta assembleia para enunciar alguns efêmeros vocábulos laudatórios
aos diletos formandos. Ei-los aqui, nobres pares, com o meridiano discernimento
dos iluminados de que a labuta não foi vã, não foi inócua e improfícua sua
determinação. Assim, prestem-se estes nossos incipientes patrícios como
irretorquível exemplo para as novas gerações, a fim de que, reafirme-se sempre,
o estar no mundo se configure, amiúde, como uma inequívoca prova de que o
Criador nos regalou com a probabilidade do aprimoramento social, relativamente
proporcional ao melhoramento individual. Sejam eles, então, ratifique-se, o
lúmen e o apanágio para os neófitos, que ora estão, tão somente, abeberando-se
nos inescrutáveis mananciais do saber. Em virtude de tão relevante papel que se
lhes atribui, peroro meus nobres concidadãos, reunidos nesta inenarrável
solenidade, a bradarem em uníssono, como forma superlativa de incentivo: Eia!
Sus! Avante, camaradas! Tenho dito. Muito obrigado!
O
auditório explodiu em aplausos. Lá no fundo do salão, Manuel Bento, um dos que
mais aplaudia, murmurou eufórico para a esposa:
-
Ô, Dorinha, não entendi patavina do que o doutor falou, mas, taí!, vai falar bonito
assim lá no raio que o parta!
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