11 de dezembro de 2012

A FÁBRICA DO POEMA

Um poema não se fabrica
Não se estica
Não se complica
O poema não precisa de brisa
Que o refresque
Nem de camisa de força
Que o comprima
Ou de rima
Por certo de ritmo
Que lhe seja íntimo
E diga qualquer bobagem
Ou alguma coisa em que se acredita
O poema precisa de quem o leia
Ou veja
Ou sinta
Todo poema que se pretenda poesia
Necessita de que algum dia
Possa dizer o que não se entenda
Por isso é que não há fábrica de poema:
Qualquer forma que se lhe aplique
Pode ser que não o fabrique.

Imagem em universofantástico.wordpress.com.

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