1 de abril de 2021

ETERNIDADE?

Quando o sol bater à tua porta
Anunciando a noite que virá
Não te desassossegues nem te entregues
É apenas a vida cumprindo seu fado
Inapelável e ininterrupto
Como tem sido desde que o mundo é mundo.
Pega as coisas que não te pesem
Tua história teus amores teus sonhos
E te prepara para atravessar o Estige antigo
Com o barqueiro soturno que lá está.
Se levares a moeda em tua boca
Pode ser que do outro lado esteja a Eternidade.


Gustave Doré (séc. XIX), A barca de Caronte (para a Divina comédia; colhida em flickr.com). 

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