Não
quero ser enredo de escola de samba,
daqui a
cinquenta/cem anos.
É comum
aos que escrevem versos à revelia
serem
incensados algum dia, depois que tiverem os ossos carcomidos pelos vermes.
Eu não
vou querer virar enredo de escola de samba,
se tal
me acontecer.
Vamos
supor que meus tetranetos,
descendentes
diretos desta minha utopia humana, aceitem que eu saia em forma de alegoria
nas peças da bateria como saiu Che Guevara.
Não vou querer tal homenagem.
Nunca
gostei de carnaval
e acho
um desperdício gastarem adereços e carros alegóricos,
fantasias e sambas de enredo
com cadáver mais que morto.
Se
reproduzirem minha cara
no
carro abre-alas, estarei disposto,
diretamente do meu túmulo,
curtindo o meu luto,
a rebaixar a escola de grupo.
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Imagem em la-razon.com. |
Salvé, amigo! Já tinha saudades.
ResponderExcluirEstou consigo... E também não gosto de carnavais!
Eu também, de Carnaval não gosto
ResponderExcluirMas convosco eu aposto
Que daria um bom enredo
A longa vida do Alfredo!
Não sejam tão radicais
Pensem na alegria dos demais
Ao som da música dançando
E todos afinados cantando
A longa vida de Saint-Clair
Longa vida, talvez. Minha família é dada a viver muito. Mas ser enredo é um negócio muito doido, Alfredo!
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