28 de novembro de 2014

OCASO


Por acaso
No ocaso
Quando o sol se puser
Estando o sol posto
E o meu querer
Não mais quiser
É porque já estarei morto
E aí talvez eu viva
Se de fato morto estiver
Nos muitos versos que fiz
Já que viver post-mortem
É um mistério incontrolável
Intangível
Tão inverso ao viver
Até difícil dizer
E não um querer qualquer


Pôr do sol na Baía da Guanabara, com o Corcovado (foto do autor).

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