Vai
o vovô passear
Com
seu netinho na praia.
Diz-lhe
a vovó com jeitinho,
Um
pouco antes que saia:
-
Coloque o cinto bem firme,
Para
que o bebê não caia!
Mas
o avô justifica
Não
amarrar o netinho,
Que
é tão novo ainda
E
também pequenininho
E
não vai ficar bulindo,
Há
de ficar bem quietinho!
Saíram
os dois a passeio,
O
avô muito contente,
O
bebê acomodado,
Logo
seguiram em frente,
Pelo
calçadão da praia,
Onde
havia pouca gente.
Em
direção ao Ingá,
Caminhavam
lentamente,
O
avô empurrando o carro,
O
bebê também contente,
Todo
enrolado em cueiros,
Como
era antigamente.
De
repente o cobertor,
Que
estava dependurado,
Caiu
no chão da calçada,
E
o avô preocupado
Abaixou-se
pra pegar,
Antes
que fosse pisado.
Assim
que estava abaixado,
Tirando
do calçadão
O
cobertor que caíra,
Teve
chamada a atenção
Por
senhorinha que vinha:
-
O bebê caiu no chão!
Quando
o avô se deu conta,
O
bebê todo enrolado
Em
muitos cueiros e panos
Estava
no chão deitado,
De
barriguinha pra baixo,
Chorando
desesperado!
O
avô tomou um susto
E
levantou o netinho,
Limpou
toda a poeira,
Examinou
direitinho
E
viu que só o nariz
Ficara
bem vermelhinho.
Acalentou
o menino,
Deu-lhe
carinho e cuidado,
Verificou
não haver
Nenhum
ossinho quebrado,
Nem
mesmo sangue brotara
Do
bebê acidentado.
Chegou
em casa e contou
Para
a avó o ocorrido,
Levou
um pito danado,
Se
mostrou arrependido
De
não ter observado
O
que lhe fora pedido.
Até
hoje esta história,
Que
envolveu grande risco,
É
lembrada pelo neto
Como
se fosse um disco
Que
soa repetitivo,
Tocado
pelo Francisco,
Que
faz só de brincadeira
E
o remorso atiçar
Do
coitado do avô,
Que
então finge chorar,
Enquanto
o Francisco ri.
Oh!
Como dói relembrar!
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Imagem obtida na Internet. |
Uma delícia! Mas acabou bem, embora com o vovô sendo martirizado!...
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