Na praça
Cantam pássaros próximo de mim
A esta hora
Falta água na minha casa
E por ironia
Chove uma chuva fina sobre o chafariz
Dos meus olhos
Não brotam borbotões de lágrimas
Meus rios secaram no estio do último inverno
E só mesmo os temporais tardios
Para inundar seus tristes leitos vazios
Como previsto na última estação
Plantamos desertos pelos campos
Ateamos fogo à terra
Até que não haja mais nada a arder
A não ser os nossos olhos ressequidos
Feridos pela fuligem ácida que cairá do céu
Como uma chuva maldita
Foto do autor. |
BElo poema, Saint-Clair. E... que bela foto! Parabéns!
ResponderExcluirObrigado, Elias!
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