12 de novembro de 2015

BATEREI À TUA PORTA


Baterei à tua porta
Às horas mortas
Despertar-te do teu sono de fada distraída
Prometer-te a vida
E mais nada
Amar-te como se fosse a última jogada
Da derradeira partida
Sorver-te ávido como um trago de bebida
Que queima
Ao passar pela garganta
Conter-te o pranto
Toda vez que convulsiva
Chores por aquilo com que te encantas
Por fim
Aliviar-te a dor das coisas findas
E amar-te tanto quanto se possa amar
O que é humano e lindo
Até que se consuma
O resto do que nos sobre
Ainda!

Imagem em pinterest.com.

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