Baterei à tua porta
Às horas mortas
Despertar-te do teu sono de
fada distraída
Prometer-te a vida
E mais nada
Amar-te como se fosse a última
jogada
Da derradeira partida
Sorver-te ávido como um trago
de bebida
Que queima
Ao passar pela garganta
Conter-te o pranto
Toda vez que convulsiva
Chores por aquilo com que te
encantas
Por fim
Aliviar-te a dor das coisas
findas
E amar-te tanto quanto se possa
amar
O que é humano e lindo
Até que se consuma
O resto do que nos sobre
Ainda!
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