(Para Jane, minha mulher.)
Volto à casa desabitada
Há bichos transitando pela
sala
Poeira pelos cantos
Silêncios inusitados
Teias de aranha disfarçadas de traços de luz
O velho lar é findo
E os móveis que ainda estão
por todo lado
Estão imóveis sem sentido
Esperando seu fim inesperado
:
Vão passar a outras mãos
Virão outros outonos
Vários verões
E o inverno da casa
desabitada
Indica a primavera
desflorada
Pesadas ausências
Vozes inaudíveis
E uma saudade que o tempo não elide
E uma saudade que o tempo não elide
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Imagem em climatologiageografica.com. |
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