15 de abril de 2015

A CASA DESABITADA

(Para Jane, minha mulher.)

Volto à casa desabitada
Há bichos transitando pela sala
Poeira pelos cantos
Silêncios inusitados
Teias de aranha disfarçadas de traços de luz

O velho lar é findo
E os móveis que ainda estão por todo lado
Estão imóveis sem sentido
Esperando seu fim inesperado
:
Vão passar a outras mãos

Virão outros outonos
Vários verões
E o inverno da casa desabitada
Indica a primavera desflorada
Pesadas ausências
Vozes inaudíveis
E uma saudade que o tempo não elide


Imagem em climatologiageografica.com.

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