Pode entrar
A casa é sua
Vamos colocar as cadeiras na
calçada
Em frente à rua
Vamos conversar até as horas
Enquanto a lua passeia no
céu estrelado
Vamos deixar de lado
As preocupações que temos
tido
Vamos falar dos tempos idos
Das coisas findas
Dos amores esgarçados pela lida
Pegue a sua cadeira
Ponha do lado de fora da
porta
Depois entraremos para um
café fresquinho
Os dias andam muito esbaforidos
E não nos interessa esperar
a morte
Deste lado de cá
Jogando com a sorte de ela
não chegar
Vamos conversar sob a lua
alta no céu de maio
Contando estrelas cadentes
Enquanto as crianças brincam
de pique-esconde
Até não sei quando
Até não sei onde
Ponha sua cadeira na calçada
ao lado da minha
E vamos voltar no tempo
enquanto ainda há tempo
![]() |
Almeida Júnior, Leitura, 1892, Pinacoteca do Estado de São Paulo (em acervodigital.unesp.br). |
Delicada homenagem, delicada comemoracao.
ResponderExcluirObrigado, Eliana!
ExcluirQue delicadeza e carinho por sua mãe! Felicidades para ela.
ExcluirObrigado, Rita!
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