(Para Jane.)
se eu te pedir um bocadinho
eu traçose eu te enrolar em meus lençóis
de abraço
eu te farei um querubim
de barro
pesando mais que um bergantim
de aço
se eu te der meu corpo vão
e calmoe transformar cada impropério
em salmo
eu louvarei os teus desejos
vastos
em cada légua em cada braça
e palmo
aí então seremos sós
e salvose iludiremos nossos sonhos
vários
com uma vida de repentinos
gozos
nós dois sozinhos infinitamente
moços.
Mariano Otero, Tango, 2012 (em eurocles.com/arpoma). |
----------
NOTA: Este poema estava entre os papéis velhos que estão sendo organizados aqui em casa. É da década de 70.
Só presta assim: agarradinhos! À espera do fim do mundo que é logo ali, na esquina. Nada como aguardar o apocalipse nos braços da mulher amada.
ResponderExcluir