A solidão é uma casa
deserta
Com as paredes pejadas de
prego
Em cada um penduras tuas
dores
Que pesadas vão ao chão com
um estrondo
Os teus vizinhos não ouvem
nada
Nem mesmo o barulho das
marteladasCom que tentas recompor os quadros doloridos
Que pintas com cores sombrias
Tu estás só
E o mundo inteiro à tua
voltaParece sorrir zombeteiramente
Fingindo alegrias em profusão
Todos estão acompanhados
E passeiam pelos parques
pelas ruas e avenidasSuas vidas de harmonia e festa
Da fresta da janela
Teu olhar solitário não
percebeQue tudo lá fora não passa de mera ilusão fugaz
Imagem em pontispopuli.blogspot.com. |
Assim é a vida: um jogo contraditório de percepções. Muito bom.
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