1 de dezembro de 2024

BOTAFOGO CAMPEÃO

Quando, finalmente, o Botafogo garantiu a vaga para a decisão da Copa Libertadores da América 2024 contra o Atlético Mineiro, meu filho Pedro, que mora em São Paulo, ligou para mim e disse que viria assistir à final comigo em Niterói, acompanhado de seus filhos.

Ontem eles chegaram aqui pela manhã e voltaram a São Paulo no final da noite, a voz rouca, sem o mínimo desgaste da jornada, mas com a vitória atravessada no peito e o orgulho de ser botafoguenses.

Meu filho deve ter sentido a grandeza de tal instante para compartilhar com o pai, já beirando os  oitenta, que nunca tinha chegado a um momento histórico como este.

E esta paixão, vinda do seu bisavô Chico Albino, do seu avô Argemiro, de mim, e que se espalha pela família como uma marca definitiva de DNA cultural, ele a transmite a seus filhos Gabriela, Bruno e Maria, para que ela continue a se perpetuar nos descendentes.

Ontem esta paixão explodiu em nossos corações, em definitivo, no instante do terceiro, improvável, irresponsável e mágico gol de Júnior Santos, um pouco depois que a Jane, vascaína distraída que me acompanha nessa saga familiar, vestiu a camisa do Glorioso e voltou para a sala.

Estava selada a nossa conquista da América. A “glória eterna” agora também pertence ao clube que, ao lado do Santos, fez o Brasil ser reconhecido internacionalmente como o país do futebol.

E eu pude compartilhar com minha família – até Estefânia, a filha tricolor, estava presente com seu marido Edu e o filho Francisco – este momento de purgação de uma injustiça que o futebol nos vinha infligindo, mas que superamos soberanamente, com o melhor futebol que hoje se joga na América.

A despeito de tudo,  quero,  porém, afiançar aos amigos e leitores que continuo futebolisticamente humilde. Soberbamente humilde!

Foooooogo! ¡Fuuuuuueeeeego! Fire!

Imagem colhida na Internet.